Translate

segunda-feira, 24 de março de 2014

O nosso olhar que limita


O nosso olhar que limita


Um dos nossos maiores vícios ao lidar com o ser humano é quando tentamos compreendê-lo, classificando-o dentro das categorias que construímos. 

Já nos primeiros contatos com uma pessoa nova, buscamos em nosso arquivo da memória referências com a qual possamos associá-la (como alguém que conhecemos que tenha uma aparência ou jeito semelhante de alguma forma), para que possamos pensar: ah, ela é assim!. A partir daí criamos rapidamente um quadro mental da sua maneira de ser e de se comportar e de como devemos lidar com ela - pois estamos sempre buscando andar em territórios seguros. 

E aí classificamos aquele conhecido de egoísta, o filho mais velho de problemático, o colega de trabalho de incompetente e a amiga de amorosa – categorias que geralmente estão mais ligadas às nossas próprias experiências passadas com outras pessoas e à maneira que passamos a ver o mundo a partir daí do que ao outro em si. 

A partir desse momento, passamos a vê-lo sempre a partir desse mesmo viés - e a esperar que ele tenha comportamentos correspondentes (afinal, ele tem que seguir o script que construímos): consideramos que aquele que é egoísta sempre pensa apenas em si - e tudo que ele fizer será sempre interpretado como uma ação em função dos seus próprios interesses; enxergaremos sempre no filho "problemático" as suas dificuldades, ficando cegos muitas vezes diante de suas qualidades; e ai se a nossa amiga "amorosa não estiver sempre disponível a ouvir os nossos problemas e a aconselhar-nos - iremos reclamar que ela está "diferente" e está nos decepcionando profundamente. 

Ao colocar as pessoas dentro desses nossos "padrões mentais", deixamos de vê-las de maneira mais completa. 

Por mais que esteja evidente, não perceberemos no egoísta outros lados, como a sua coragem de batalhar pelos seus objetivos e sua firmeza ao lidar com situações difíceis; ou a grande carência de afeto e a necessidade de manter as pessoas sempre à sua volta que mobiliza a amorosa a estar sempre tão receptiva às pessoas. 

Muitas vezes nos espantamos quando descobrimos que aquele fantástico chefe batalhador do qual um amigo sempre nos fala e que tanto o ajudou no trabalho, é aquele mesmo que tínhamos classificado apenas como egoísta. E a nossa amiga tão "amorosa" é vista como "chantagista emocional" pelo velho conhecido. Chegamos a perguntar se estamos falando da mesma pessoa... 

Quando nos atemos rigidamente à esses padrões internos com os quais julgamos e classificamos as pessoas, ficamos presos também. Pois as categorias que criamos estreitam o nosso olhar. E. se por um lado, isso nos dá uma (falsa) ilusão de segurança, por outro lado, limita a nossa capacidade de nos relacionar e de ver o outro como ele é - em toda a sua complexidade como ser humano. 

Sonia Weil 

Os fios da nossa vida.

Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, sentimos quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente.
Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo.
Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre realimentado, sem conseguir seguir adiante na sua vida…
As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) – continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora – e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.
Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.
Esse vínculo pode ser muito prazeroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que uma parte de nós ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.
É necessário puxar o fio de volta, resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro.
perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava – seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também.
Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado – aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos – recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.
Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida.

Sonia Weil

“Como Estrelas na Terra” e as Inteligências Múltiplas

“Como Estrelas na Terra” é um filme que conta a história de uma criança com dislexia, se trata de um menino de 9 anos, chamado Ishaan Awasthi, que sofre muito por ter dificuldades na escola e por ser incompreendido pela família. Ishaan se dava muito mal nas matérias “principais”, como línguas e matemática, mas era um menino muito inteligente, criativo e curioso, apesar de ser visto por todos, principalmente seus pais e professores como preguiçoso, desinteressado e burro. Principalmente por seu irmão ser sempre um dos primeiros da turma, Ishaan era comparado com ele, recebendo cada vez mais cobranças.


Na nossa sociedade uma pessoa que é muito boa em matemática, por exemplo, é logo vista como alguém muito inteligente, cursos como Engenharia, Administração e outros cursos da área de exatas são muito mais valorizados do que cursos como Artes plásticas ou Música. Por quê? Porque as pessoas tem a tendência de achar que a “Inteligência” está diretamente relacionada ao raciocínio lógico, ao bom desempenho na área de exatas e cálculos; além disso, também são valorizadas áreas como a linguagem. Porém, quando estudamos a fundo o conceito de Inteligência, nos deparamos com as Inteligências Múltiplas.

Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de si. No entanto, cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros. As 7 inteligências são: Linguística, Lógica-Matématica, Motora, Espacial, Musical, e as inteligências pessoais: Interpessoal e Intrapessoal. Mais recentemente, Gardner expandiu seu conceito acrescentando à lista, a Inteligência Naturalista e a Inteligência Existencial.

Como é trazido no filme pelo professor de artes de Ishaan, cada criança tem um talento para algo, uma facilidade para se desenvolver mais em uma área do que em outra. No caso de Ishaan, por ter dislexia, ele tinha muita dificuldade com a linguagem, a leitura, a escrita e com os cálculos, porém, ele tinha uma facilidade incrível para desenvolver a “Inteligência Espacial”, pois ele tinha muito talento para criar, imaginar, desenhar e pintar imagens.

Ishaan era um verdadeiro artista mirim, e não deveria ser considerado burro simplesmente por suas dificuldades de aprendizagem que eram consequências de sua dislexia. Disléxicos não são burros e a doença não tem relação alguma com a Inteligência em si.

Albert Einstein
No próprio filme, o professor de Ishaan trás o exemplo de vários disléxicos que existiram na história da humanidade que tiveram um papel importantíssimo, e foram considerados como gênios. Dentre eles, Albert Einstein e Leonardo da Vinci, grandes nomes, que apesar de terem dificuldades na área linguística, se desenvolveram brilhantemente nas áreas que tinham mais afinidade.Assim como Ishaan, que ao ser compreendido pelo seu professor, que orientou também seus pais, para que cobrassem menos dele, pois suas dificuldades existiam por causa da dislexia, e deu apoio e ensino adequado para ele, conseguiu obter grande progresso na escola,  podendo, assim, se desenvolver livremente na pintura, que era a área que ele mais se interessava e tinha mais facilidade.



A história de Ishaan logo nos faz questionar o sistema educacional. Com a teoria de Gardner, nos vem a mente que a escola deveria valorizar as mais diversas formas de pensamento, os estágios de desenvolvimento das várias inteligências, a relação existente entre esses estágios, a aquisição de conhecimento; não apenas querendo padronizar as crianças, ensinando-as a seguir um modelo pré-estabelecido, quando deveriam é incentivá-las a criar coisas novas e favorecer o potencial individual de cada um.
Essa teoria nos faz pensar em novas alternativas para as práticas educacionais, com uma educação realmente focada na criança, com avaliações que sejam adequadas as diversas habilidades humanas, com um ambiente mais amplo e variado, que dependa menos do desenvolvimento da linguagem e da lógica. Pois, embora as escolas declarem, como no filme, que “preparam seus alunos para a vida”, a vida certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos.

Texto: Isabela França

Assista online "Como Estrelas na Terra":


COMO DEIXAR DE ABSORVER AS EMOÇÕES NEGATIVAS DE OUTRAS PESSOAS



Uma mensagem de Judith Orloff

Liberdade emocional significa aprender como permanecer centrado em um mundo estressante e emocionalmente sobrecarregado. Desde que emoções, tais como o medo, a raiva e a frustração são energias, você pode potencialmente “captá-las” de pessoas, sem que perceba isto. Se tende a ser uma esponja emocional, é vital que saiba como deixar de assumir as emoções negativas de um indivíduo. Outra mudança é esta ansiedade crônica, depressão ou stress que podem transformá-lo em uma esponja emocional, esgotando as suas defesas. Subitamente, você se torna intensamente sintonizado com os outros, especialmente aqueles com dor semelhante. É assim que funciona a empatia: nós nos concentramos em questões polêmicas, que não estão resolvidas para nós mesmos. A partir de um ponto de vista energético, as emoções negativas podem se originar de várias fontes. O que você pode estar sentindo pode ser seu; pode ser de outra pessoa, ou pode ser uma associação. Eu explicarei como saber a diferença e fortalecer estrategicamente as emoções positivas, para que não assuma a negatividade que não lhe pertence.

Isto não foi algo que eu sempre soube como fazer. Ao crescer, minhas namoradas gostavam de ir aos shoppings e festas, quanto maiores, melhores - mas eu não compartilhava de seu entusiasmo. Sentia-me oprimido, exausto diante de grandes grupos de pessoas, embora eu ignorasse o motivo. “Qual é o problema com você?”, diriam os amigos, lançando-me olhares estranhos. Tudo o que eu sabia era que eu não gostava de me misturar em lugares lotados. Eu chegaria lá me sentindo bem, mas partia nervoso, deprimido ou com alguma dor terrível. Sem suspeitar, eu era uma gigantesca esponja, absorvendo as emoções das pessoas ao meu redor.

Com os meus pacientes, eu também perceberia que ao absorver as emoções de outras pessoas, poderiam ser desencadeados ataques de pânico, depressão, farras, bebedeiras, uso de drogas e uma infinidade de sintomas físicos que desafiam o diagnóstico médico tradicional. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças relatam que mais do que dois milhões de Americanos sofrem de fadiga crônica. É provável que muitos deles sejam esponjas emocionais.

Aqui estão algumas estratégias da Liberdade Emocional para que sejam praticadas. Elas o ajudarão a deixar de absorver as emoções de outras pessoas.

Etapa da Ação Emocional: Como permanecer centrado em um mundo estressante Para desligar-se das emoções negativas de outras pessoas:

Primeiro, pergunte-se: O sentimento é meu, ou de outra pessoa? Poderia ser de ambos. Se a emoção, como o medo, ou a raiva, for sua, gentilmente confronte o que está causando isto em você, ou com a ajuda de um profissional. Se não, tente identificar o gerador óbvio. Por exemplo, se você já assistiu a uma comédia, mas chegou em casa se sentindo deprimido, pode ter incorporado a depressão das pessoas sentadas ao seu lado. Quando há muita proximidade, os campos de energia se sobrepõem. O mesmo acontece quando se vai a um shopping ou a um concerto lotado.

Quando possível, distancie-se da fonte suspeita. Afaste-se pelo menos sete metros de distância e veja se sente alívio. Não peque, querendo não ofender outros estranhos. Em um local público, não hesite em mudar de lugar, caso tenha uma sensação de depressão imposta a você.

Por alguns minutos, concentre-se em sua respiração. Isto o conecta com a sua essência. Continue expirando a negatividade e inspirando a calma. Isto o ajuda a se ancorar e a purificar o medo, ou outras emoções difíceis. Visualize a negatividade como uma névoa cinzenta se elevando do seu corpo, e a entrada da esperança, como uma luz dourada.

Isto pode produzir resultados rápidos.
Emoções negativas, tais como o medo, frequentemente se apresentam em seu centro emocional, no plexo solar. Coloque lá a palma de sua mão, enquanto continua enviando bondade amorosa a esta área, a fim de liberar o stress. Para a depressão, ou a ansiedade de longa data, use este método diariamente para fortalecer este centro. É reconfortante e constrói uma sensação de segurança e de otimismo.

Proteja-se - Uma forma acessível de proteção que muitas pessoas usam, incluindo os curadores com pacientes difíceis, envolve a visualização de um envoltório de luz branca (ou qualquer cor que sintam que confere poder), ao redor de todo o seu corpo. Pense nisto como um escudo que bloqueia a negatividade ou o desconforto físico, mas permite que o que seja positivo se infiltre.

Procure pessoas e situações positivas. Chame um amigo que vê o bem nos outros. Passe algum tempo com algum colega que afirme o lado positivo das coisas. Ouça pessoas esperançosas. Ouça a fé que eles têm em si mesmos e nos outros. Saboreie palavras de esperança, canções e formas de arte. A esperança é contagiosa e elevará o seu humor.

Continue a praticar estas estratégias. Você não tem que reinventar a roda, a cada vez que estiver com uma sobrecarga emocional. Com estratégias, você poderá ter réplicas mais rápidas para situações estressantes, se sentir mais seguro e a sua sensibilidade poderá desabrochar.




Fonte:
http://spiritlibrary.com/dr-judith-orloff/how-to-stop-absorbing-other-people-s-negative-emotions

Tradução: Regina Drumond - 
reginamadrumond@yahoo.com.br

Solange Christtine Ventura
http://www.curaeascensao.com.br

O USO TERAPÊUTICO DO REIKI


Sendo uma denominação japonesa, Reiki traduz-se como “energia vital universal”. Erroneamente associado à religiosidade o Reiki, em nada se assemelha a crendices, na verdade, se trata de uma terapia holística natural, ou melhor, uma terapia alternativa energética, podendo ser usado como tratamento em casos de patologias físicas, mentais e emocionais.
 
O calor ou a energia que refulgem do corpo humano ou animal é a força da vida, descrita como CH’I ou KI, que significa: ar, respiração, vento, essência vital, energia ativa do universo. E é desta energia que o Reiki aufere proveito para tratar faltas de alinho no corpo e no espírito.
 
Segundo os praticantes da técnica a energia cósmica deve perpassar todo o corpo para ele ser saudável. Caso seja impedida com eventualidades cotidianas como preocupações, má alimentação, baixa qualidade de vida, relações tumultuadas, entre outros fatores estressantes, haverá um bloqueio na (s) chakra (s) afetada (s) que impossibilitará que a energia flua naturalmente e isso também repercutirá no plano físico. A doença é resultado de desequilíbrios energéticos.
 
A terapia (considerada como tal por ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde), também chamada de desintoxicação energética, é tanto preventiva quanto curativa, se dá via imposição de mãos direcionada aos chakras (sete centros distribuídos pelo corpo), que tem a potencialidade de arrojar vibrações harmoniosas capazes de propiciar o reequilíbrio das energias vitais (semelhante ou igual ao magnetismo de Mesmer, ao passe no Espiritismo e a canalização de energia no Budismo), desta maneira a saúde é promovida juntamente com a cura das zonas adoecidas do corpo em questão.
 
Indicado para tratar ansiedade, insônia, impotência, compulsões, vícios, dores físicas diversas, fobias, cansaço, obesidade e outros descontroles alimentares, depressão, tensão, estresse, doenças crônicas e agudas e demais desordens físicas e psíquicas.
 
Quem recebe o tratamento adquire a harmonização que mais do que cura de doenças, implica também em uma calmaria mental, intensificação das habilidades subjetivas, aumento da imunidade, equilíbrio o emocional, desenvolvimento da criatividade, promoção de habilidades interpessoais.
 
Por utilizar-se de uma energia não polarizada o Reiki não tem nenhuma contraindicação, não possui efeitos colaterais, é uma técnica muito fácil, prática, acessível, segura, age diretamente na raiz da problemática, disponível a qualquer idade e pode ser utilizada concomitante a outros tratamentos.
 
Fonte: Psicoque
 

Ser ou ter? Eis a questão.

Todos nós, em algum momento da vida, nos damos conta de que sentimos algo como "um vazio". Não se sabe bem como descrevê-lo ou como preenchê-lo, porém, a maioria, senão todos, o sentem. A maioria procura preenchê-los das mais variadas formas: uns através de estudos, outros através de trabalho, outros através de religião, de drogas, de relacionamentos, e alguns até com futebol: varia de pessoa pra pessoa, de gosto e da personalidade de cada um. E as pessoas passam bastante tempo dedicando-se a uma dessas coisas, que de uma forma ou de outra, sentem que "fazem bem", ajudam a aliviar "o vazio".

A consequência disso pode ser boa, para os que se dedicam a coisas saudáveis e que realmente lhe fazem bem, ou podem, de certa forma, atrasar sua vida.

Durante muitas épocas da história, os valores foram construídos e disseminados por culturas, tradições foram passadas de família para família, variando de acordo com o lugar e a época. Com o passar do tempo, valores foram repensados, tradições foram perdidas e assim por diante, até chegarmos “A Era Moderna” em que estamos inseridos hoje.

A sociedade em que vivemos está cultivando quais valores atualmente? Educação, compaixão, respeito e igualdade entre as pessoas? Saúde, bem-estar? Ou talvez estaria cultivando consumismo selvagem, medicalização dos sentimentos, competitividade (muitas vezes desonesta), egoísmo? Porque será que a depressão se espalha como uma "epidemia" por todas as idades, sendo considerada a doença do século? No caso da depressão a pessoa tem uma deficiência na produção de hormônios (como a endorfina), mas ela nasceu assim, ou o contexto social fez com que ela fosse produzindo cada vez menos? Questão complexa.

Dizem que estamos caminhando para um tipo de progresso, mas que progresso será esse? Será que o progresso econômico e tecnológico é mais importante do que o progresso pessoal, social e cultural de cada indivíduo? Você ouve mais as pessoas falando sobre algo que querem comprar ou sobre algo que elas querem aprender a ser? Será que atualmente as pessoas estão preferindo ter algo ou ser algo?

Hoje em dia ao conhecer o namorado de sua filha, os pais procuram perguntar sobre onde e o que o garoto estuda, em que (e se) ele trabalha, quem são seus pais (afinal, um bom sobrenome muitas vezes causa grande simpatia por parte dos pais. Ter o filho do Bill Gates como genro não seria nada mal, né?!); Será que tais preocupações são mais importantes do que se preocupar, por exemplo, se ele é uma pessoa digna, honesta, se gosta realmente de sua filha? Será que o "status" do namorado não está valendo mais do que seu caráter, sua personalidade?

Claro que não vamos generalizar, de forma alguma. Cada caso é um caso e não estamos aqui para julgar e sim para questionar e buscar entender. Mas será que a grande maioria das pessoas ao menos para pra pensar sobre tais questões?

Será que paramos para pensar e refletir sobre nossos valores, sobre o rumo que estamos dando as nossas vidas? Ou será que esses valores são impostos e estabelecidos de fora para dentro? A mídia é o exemplo mais forte que estabelece, de fora para dentro, os padrões a serem seguidos, não mais pela educação ou pela escola, não mais pela família... Pela mídia. Valores sociais distorcidos são impostos, é dito o que está na moda, o que é certo e errado, o que é falso e verdadeiro. Será que a maioria das pessoas consegue filtrar o que essa mídia vem “pregando”? Será que ela prega algo além de sucesso, poder, dinheiro e competição?
Será que é possível estabelecer esse rumo a ser seguido, SEM influência alguma da mídia? Será que estamos parando pra pensar quais setores de nossa vida estamos dando prioridade? Porque será então que as pessoas se sentem cada vez mais sozinhas, porque cada vez na sociedade moderna se torna mais comum os pais deixarem de lado seus filhos, a atenção e a educação que deve a eles, para dedicar tempo somente ao trabalho, a produzir e a ganhar dinheiro? Chegamos ao ponto de ser extremamente “normal” os pais deixarem seus filhos em casa, com a TV como babá, com a justificativa de que “não lhes deixam faltar nada”. Talvez não deixem faltar nada material, mas será que o afetivo está tão bem quanto o econômico?

As crianças vêm sentindo a pressão de tal sociedade desde pequenos, são bombardeados de informações e vão se tornando crianças consumistas desde muito cedo. A influência da mídia é inegável pra quem tem um mínimo de senso crítico e visão sobre a sociedade em que estamos inseridos... Para alguns pode parecer exagero, mas será que a mídia não influência o que vamos comer? O que vamos vestir? Do que vamos gostar, o que vamos ouvir? O que vamos ler? Pra onde vamos passear? Em que vamos gastar? Alguém é capaz de negar essa influência?
Será que estamos escolhendo a forma certa de "preencher nossos vazios"? Ou estamos tentando comprar algo para preenchê-los?

O dinheiro há muito tempo vem sendo tratado como um Deus de uma religião, pessoas dedicam sua vida pra ele, e idolatram-no. Inclusive em várias religiões é isso que é pedido pelos seus líderes: não pedem que se pratique o bem, que se tente entender e amar o próximo, mas se pede dízimo e dinheiro. E quando as pessoas conseguem o dinheiro, percebem, infelizmente, que seus vazios continuam lá. Pois não são as coisas que o dinheiro compra que vão trazer o que os seres humanos estão realmente procurando e necessitando. O dinheiro é superficial, o que está faltando é humanidade, afeto e compaixão uns pelos outros...

Será que as pessoas estão se contentando em ter dinheiro suficiente apenas para ter uma vida boa, estável, segura e confortável ou elas querem sempre mais, mais, e mais? Porque será que milionários, muitas vezes, passam 80% do seu tempo trabalhando? Trabalhamos para viver, ou vivemos para trabalhar, produzir mais, ganhar mais? Será que estabelecemos esse limite? Com quanto será que ficaríamos satisfeitos? Para a maioria, um milhão não é mais suficiente.

Atualmente a sensibilidade é cada vez mais desvalorizada, vista como fraqueza, as relações humanas estão sendo enfraquecidas, os vínculos são desvalorizados! As pessoas não se permitem viver sua tristeza, sofrimento e angústia, por isso adoecem. Os jovens, principalmente, não sabem mais resolver seus conflitos, tem cada vez mais dificuldade de se expressar, e os pais, cada vez mais, não sabem como dialogar com seus filhos...

Será que o estereotipo que a mídia vende é algo alcançável (pelo menos, para a maioria)? Pelo que vejo, o modelo estreitíssimo que é vendido é alcançado por quase ninguém. Será que isso não trás consequências? Será que isso não causa mais frustração, vazio existencial, sentimento de fracasso e inveja? Enquanto continuarmos tentando tampar o "vazio" afetivo pelo consumo, sim. A mídia vem formando nossa subjetividade e dizendo o que vamos DESEJAR. Nós vamos comprar: mas não porque precisamos, e sim porque desejamos. Notam a diferença?

Ouvimos frases como "Tá chateado? Vai fazer umas comprinhas que melhora." Esse tipo de comportamento não é saudável, porém, é "normal". E quando foi que começamos a aceitar o “errado” como “normal”?
Os outros estão se tornando "objeto de uso"... As pessoas passaram a preferir investir em objetos do que em outras pessoas... Não é preciso dizer que existem pessoas que escolhem seus parceiros de acordo com o nível social em que ele está inserido. Não é preciso dizer que pessoas escolhem suas amizades através dos mesmos critérios. Não é preciso dizer que a maioria das pessoas escolhe viver e trabalhar com aquilo que lhes paga melhor, não com o que gostam, com o que sonham e lhes dá prazer. Isso é visto e reconhecido por todos os lados, inclusive, constantemente se mostra através "da telinha".

Será que vale a pena deixar de estar ao lado de quem amamos de verdade, com amigos que tenhamos afinidade, trabalhando com algo que detestamos para vivermos uma vida mais fácil, mais "confortável" ou luxuosa, muitas vezes apenas baseada em aparência, para mostrar um status aos outros, quando no fundo, estamos infelizes?

Será possível que algumas pessoas não se deram conta ainda da miséria que nossa sociedade tem sido para a maioria da população mundial? Será que a sociedade está buscando resolver problemas trágicos como a fome, a mortalidade infantil, o analfabetismo, ou tais problemas se tornaram "tão comuns" que as pessoas deixaram de se preocupar, de falar sobre eles? Ou será que as pessoas estão preferindo não pensar a respeito, fechar seus olhos? Será que não é preocupante e alarmante a situação da sociedade elitista em que estamos? Como conseguimos nos manter parados, esperando alguma iniciativa a ser tomada?

Sabemos que para existir os ricos, é preciso existir os pobres, "e o motivo todo mundo já conhece: é que o de cima sobe, e o de baixo desce". Sabemos, e é óbvio, que essa elite rica e poderosa não teria interesse em uma população crítica, educada, questionadora... É muito mais fácil controlar pessoas alienadas.
A contemporaneidade é um fracasso absoluto. O capitalismo já mostrou que não funciona. Menos de 5% tem acesso a maior parte da economia mundial, é uma elite extremamentedominante. Problemas como desemprego, fome, violência, ignorância são simplesmente deixados de lado. A cultura é massificada e voltada ao consumismo desenfreado... Ninguém mais pensa, reflete sobre a realidade...

Que caminhos estamos seguindo? A desumanização? Ao empobrecimento existencial? A animalização? Parafraseando Descartes com seu "penso, logo, existo", eu diria que quem não reflete o que vive, não vive, não tem controle sobre sua própria vida, apenas segue um caminho ditado externamente. As pessoas vivem somente seu presente imediato, o passado logo se torna velho demais e o futuro parece que está sempre longe.

Na modernidade que vivemos vendem-se modelos, padrões de beleza que devem ser seguidos: FALTA RESPEITO AS DIFERENÇAS! Falta respeito a subjetividade de cada um. O que é diferente, diverso ou estranho é simplesmente excluído. As pessoas se acham no direito de julgar as outras... 

Precisamos refletir sobre nossa cultura, pois somos nós que a formamos. O que é certo? O que é errado? Depende da cultura. Os valores não existem, o que existe é essa cultura criada. Não existe certo, não existe errado, o que existe é um contexto. Quem inventou a moral? O que é a moral? O que é a realidade? Eu diria que é relativo. Cada cultura vê de uma forma. O ser humano é situacional. O mais importante não é o que a gente vê, mas como a gente enxerga. Por isso, não podemos trabalhar de forma fechada com tais conceitos do que é certo ou errado, é necessário, às vezes, uma desconstrução. Temos que aprender a relativizar, a não julgar as pessoas pelos nossos valores, pois isso é etnocentrismo e não há como comparar culturas diferentes. Precisamos mesmo é tentar rotular menos e entender mais. Quando o que vemos na TV são pessoas sendo rotuladas e estereotipadas o tempo inteiro, alguns rótulos são vistos como certos, e outros como errados. Será mesmo? Quem foi que disse?

O que será de nós se continuarmos seguindo nessa tendência de se criar uma cultura mundial, globalizada, uma só civilização, uma só língua? Abriremos mão da diversidade, da alteridade, da liberdade?

A maioria nem busca mais essas respostas. Temos que aprender a interpretar, ir mais além do que explicar. Temos que construir valores. Precisamos refletir a nossa realidade social e buscar mudanças, precisamos investir em nossa inteligência existencial.

Texto: Isabela França

terça-feira, 18 de março de 2014

Posição de dormir revela muito sobre você e seu estado de espírito

Dormir agarrado ao travesseiro: pode ser sinal de que a pessoa vive um momento que necessita de apoio e carinho e se sente insegura, segundo o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo. Abraçar o próprio corpo ao dormir ou até mesmo bicho de pelúcia também têm o mesmo significado. "Essa pessoa se sente sozinha no mundo e, mesmo tendo alguém ao seu lado, não se julga compreendido e aceito", afirma o psicólogo e mestre em linguagem corporal João Oliveira...




Barriga para cima e braços ao longo do corpo: são pessoas geralmente quietas e reservadas, que fogem da agitação e impõem a si e aos outros padrões elevados, segundo pesquisa do professor Chris Idzikowski, diretor de um centro de pesquisa sobre o sono em Londres. O psicólogo João Oliveira também acredita que se trata de alguém organizado e altamente rígido consigo mesmo. "A austeridade pode ser a sua marca

principal. Essas pessoas acabam sofrendo muito com a realidade bagunçada que têm de enfrentar todos os dias. Geralmente são muito caladas, pois temem se expor", afirma. Dormir com os pés unidos e as mãos coladas ao corpo também costuma revelar um alto grau de tensão, o que significa que a pessoa nem sempre relaxa diante das mais diversas situações do cotidiano e tende a levar a vida muito a sério, segundo o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo. "É alguém que não gosta de conflitos e tende a ser constante em suas posições".




Barriga para cima com os braços cruzados: deitar-se com o abdome para cima, com as pernas próximas umas às outras e os braços em cima do peito e cruzados são sinais de proteção, de acordo com o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo. "Quanto mais cruzados estiverem os braços, mais defensiva é a pessoa", afirma. Segundo ele, se, além disso, as mãos estiverem fechadas, é sinal de que a pessoa passa por momento de extrema tensão em sua vida.




Posição fetal: essa é a postura mais frequente entre as pessoas, adotada por 41% dos mil participantes da pesquisa sobre posições do sono e personalidade realizada pelo professor Chris Idzikowski. Segundo o estudo, a posição fetal revela pessoas que passam a impressão de serem duronas, mas sensíveis interiormente. Podem ser tímidos quando conhecem alguém, mas logo relaxam. Como sinaliza proteção, a posição também pode ser reflexo de uma preocupação com o momento em que vive ou a necessidade de ser apoiada pelos demais, segundo o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo. "Em alguns casos, a pessoa está diante de um conflito pontual e não sabe como resolver", afirma. Para o mestre em cognição e linguagem João Oliveira, além de busca por afeto, a posição revela insegurança. "As pressões do cotidiano podem gerar ansiedade e a carência de afeto leva a uma necessidade de acolhimento", afirma .

Barriga para cima e mãos entrelaçadas atrás da cabeça: a típica posição de quando se dá um cochilo em uma rede na praia também costuma ser usada na cama quando se está mais tranquilo, disposto e sem receios. As pessoas que costumam dormir assim gostam de contatos informais e de fazer amizades, têm alto nível de autoconfiança e tendência a serem folgadas, segundo o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo. "É alguém que gosta de liderar e manter o domínio sobre tudo que ocorre ao seu redor. Costuma se considerar superior do que os demais e, em alguns casos, pode ser arrogante", diz. Essa autoconfiança, segundo ele, muitas vezes leva ao desejo de ser o centro das relações e à imposição de sua vontade sobre todos. "É uma pessoa teimosa e que sabe atingir os objetivos que traça", diz Camargo.


Barriga para cima e braços abertos: segundo pesquisa do especialista em sono Chris Idzikowski, pessoas que dormem desse modo são ótimos amigos, porque estão sempre dispostos a ouvir e a oferecer ajuda. O estudo mostrou que elas geralmente não gostam de ser o centro das atenções. Para o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo, a posição é frequente entre pessoas que têm facilidade de manter contatos com aqueles que estão ao seu redor, são receptivas e sabem agir com equilíbrio, mas que sentem necessidade de dominar as situações. Segundo ele, expor o abdome é sinal de confiança. "Quanto mais aberta a pessoa fica na cama, mas relaxada está, sinal de que sabe lidar com as tensões diárias e não leva preocupações para a cama", diz ele .


Cobrindo todo o corpo: pode estar fazendo quase 40 graus, mas a pessoa não consegue dormir sem estar coberta até a cabeça, levando o lençol até o próprio rosto e deixando apenas o nariz de fora? Isso é sinal de uma busca extrema por proteção, de acordo com especialistas em linguagem corporal. Segundo o psicólogo e mestre em linguagem corporal João Oliveira, trata-se de alguém que vive um misto de medo e carência em excesso na vida.





Esparramado pela cama na diagonal: sozinho ou acompanhado, é alguém que faz questão de ocupar o maior espaço possível da cama e acaba dormindo deitado na diagonal. "Quem gosta de utilizar todos os espaços possíveis da cama geralmente é extrovertido e confiante", afirma o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo. Em alguns casos, segundo ele, pode ser sinal de alguém que não tem noção de limites e sente dificuldade de respeitar o espaço dos demais.



De lado com os braços ao longo do corpo: são pessoas sociáveis, porém podem ser ingênuas e se deixarem levar facilmente, segundo pesquisa do professor Chris Idzikowski. Para o especialista em linguagem corporal João Oliveira, é uma pessoa organizada e altamente rígida consigo. Para o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo, a posição mostra que a pessoa é tensa e um pouco rígida. Se houver muita tensão muscular nos braços e pernas, é sinal de dificuldade para relaxar diante dos fatos mais simples do cotidiano. "Como ela não relaxa durante a noite, a tensão do período noturno é levada para os relacionamentos cotidianos", afirma .

De lado com as mãos para frente: são pessoas abertas, mas que podem ser desconfiadas e cínicas, segundo pesquisa do especialista em sono Chris Idzikowski. O estudo mostra também que elas costumam demorar para tomar decisões mas, quando tomam, dificilmente mudam de ideia. Segundo o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo, é alguém com bom controle das emoções e que sabe manter a distância entre os demais. A posição dos braços pode ser interpretada como alguém de personalidade sonhadora, que deseja alcançar algo em sua frente. Para o psicólogo João Oliveira, trata-se de uma pessoa que se coloca à frente das outras, provavelmente invadindo o espaço alheio, e não teme consequências.



De bruços com as mãos embaixo do rosto: pode significar que a pessoa está passando por um momento muito delicado em sua vida, segundo o psicólogo e mestre em cognição e linguagem João Oliveira, autor de "Saiba Quem Está à Sua Frente" (Ed. Wak). "É alguém que gostaria de expor suas verdades, mas teme que possa ser prejudicado.
O medo impera no dia a dia", afirma. Para o doutor em semiótica Rubens Kignel, autor do livro "O Corpo no Limite da Comunicação" (Ed. Summus) tendemos a dormir de barriga para baixo quando algo nos ameaça, pois, assim, protegemos nossos órgãos principais e mais vulneráveis, como o coração



De bruços com os braços abertos: relaxante e sem tensões no corpo, a posição revela que os grandes problemas diários não afetam de maneira relevante o sono dessa pessoa, segundo o especialista em linguagem corporal Paulo Sergio de Camargo, autor de "Linguagem Corporal: Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais" (Ed. Summus). "Quanto mais abertos estiverem os braços e mais relaxada a pessoa estiver, mais extrovertida ela é e maior sua facilidade de se relacionar e fazer amizades", diz. Quem dorme nessa posição, geralmente, é ousado, mas pode ser internamente nervoso e não gostar de críticas ou situações extremas, segundo pesquisa realizada pelo professor Chris Idzikowski, diretor do instituto britânico de pesquisa do sono Sleep Assessment and Advisory Service, que analisou as seis principais posições do sono e suas relações com a personalidade





Fontes(Orlando/UOL): http://mulher.uol.com.br/comportamento/album/2013/05/13/posicao-de-dormir-revela-muito-sobre-voce-e-seu-estado-de-espirito.htm#fotoNav=9

quinta-feira, 13 de março de 2014

Se cuida!




"Quando duas pessoas se separam e dizem: - Se cuida! Na verdade não estão se despedindo pois, uma parte de cada uma delas está ficando. Ficando para cuidar da emoção, ficando para não descuidar nunca do acreditar, para preservar sempre a esperança pois sabem que o que as uniu foi o... amor."

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Egocentrismo Impede a Verdadeira Prosperidade



Porque gente egocêntrica é arrogante e julga que não precisa de ninguém, pois já sabe de tudo, se basta, não divide nada com ninguém, pois não sabe escutar, se envolver, trocar, ou seja, não sabe receber! É isso mesmo! O grande problema das pessoas egocêntricas não é o fato de que não sabem se doar, e isto é óbvio, pois o olhar constantemente voltado para o próprio umbigo pode até magoar os outros, mas não faz mal a ela mesma, o que realmente machuca o egocêntrico, mais cedo ou mais tarde, é que um dia ele vai perceber que ao desprezar o saber dos outros, o afeto dos outros, a importância dos outros, esta pessoa verá que nunca soube receber, o que significaria ter se colocado pronta para o aprendizado, para uma possível e até mesmo necessária transformação interior sem a qual você se torna um eterno adolescente, vivendo de dúvidas sem fim, medos sem fim, inseguranças sem fim e, na tentativa de suprir este vazio do seu próprio ser (o que na adolescência mesmo é até compreensível, já que é uma fase de autoconhecimento do seu papel social) você acaba por se viciar em comportamentos de auto-afirmação diante dos outros, pois a única preocupação do arrogante é não parecer frágil, ignorante, carente ou qualquer outra coisa que lhe dê uma vaga conotação sequer de que ele é HUMANO!É isso.

O grande medo do EGÓLATRA, ou seja, daquele que diviniza seu próprio ego e o cultua acima de qualquer outro ser mortal, é simplesmente parecer humano, falível, errado e certo ao mesmo tempo, eterno aprendiz, sendo que os verdadeiros professores são todas as outras pessoas ao seu redor, desde que ele esteja aberto para enxergar isto. Mesmo aqueles que nós não admiramos têm algo a nos ensinar, pois os defeitos são virtudes potenciais ainda a serem lapidadas como pedra bruta, sem valia até que sejam transmutadas com a evolução, com a maturidade, e é justamente entre os diferentes que encontramos o novo, aquilo que nos falta, o que precisamos absorver para sermos pessoas melhores e mais felizes, mas precisamos olhar com olhos de criança! Sabe aquela curiosidade que sempre nos instigava a querer saber mais e mais, e perguntar o porquê de tudo a todos a nossa volta? Coisa de criança não é mesmo? Apaixonada pela vida! E é justamente esta postura que fez da nossa infância o período em que mais aprendemos em nossas vidas!

Mas a arrogância, esta muralha de prepotência gerada para estabelecer a sua incapacidade de receber, o seu medo de se tornar um admirador dos diferentes, te torna um solitário em meio a multidões! Já pensou só? Que vergonha para o ególatra arrogante de repente se pegar numa situação em que ele é platéia e não palco? Em que demonstra suas carências, naturalmente humanas?


Mas é quando age assim, demonstrando suas faltas, que ele encontra a fonte que irá matar sua sede, pois procura, se abre, se expõe, se arrisca e assim recebe, cresce, ganha, torna-se um ponto de magnetismo de atração do bem que busca! Já o ególatra se envaidece pelo que sabe, pelo que tem, pelo poder adquirido e julga o tempo todo o que difere de sua razão e, por isto mesmo, só aceita o que é externo se isto reafirmar seus próprios conceitos, como enfeite e medalha de sua própria vaidade.Ao contrário, o indivíduo simples prospera exatamente porque não fecha portas para o novo, para o bem que a vida lhe oferta através de novas oportunidades, novos relacionamentos, novos aprendizados, um novo trabalho, quem sabe, depois de anos e anos executando as mesmas tarefas, ou um novo amor que traga sentimentos mais profundos e verdadeiros, mas que exigiriam de você amadurecimento emocional, envolvimento, pois só assim se ganha valores internos que o faz mais forte e feliz, além de estabelecer relações pessoais mais verdadeiras baseadas no amor, na compreensão e na admiração.

SÓ SE DESENVOLVE QUEM, ANTES, SE ENVOLVE!!! É Lei Universal! E é assim que se criam laços afetivos verdadeiros, ao contrário do arrogante que no máximo gera ao seu redor relações superficiais, de interesses tão egocêntricos quanto os que ele possui, já que não há amor que una. E a pergunta que fica é: você sabe receber? Sabe se colocar como um aluno da vida? Que tal deixar arrebentar esta armadura defensiva que ilusoriamente te “protege” do sofrimento de ser criticado, mas que na verdade te isola também do amor, da alegria, do afeto sincero, das pessoas que queiram lhe doar amor manifesto em diversas formas? E aí sim, talvez, você perceba que ao se doar, seu verdadeiro valor se mostra, seu verdadeiro brilho se exalta e que não é necessário “fazer um tipo”, já que você se torna valoroso por demonstrar sua própria essência e assim atrai ao seu redor quem verdadeiramente te compreende, te respeita e poderá te acrescentar na vida e partilhar momentos felizes sem que você calcule cada palavra e cada gesto, como faz quando se sente ameaçado e tenta manipular as situações a seu favor, algo muito desgastante e frustrante, pois gera uma teia de mentiras contadas e mentiras vividas para que os outros te dêem as respostas esperadas. Seja simples! Seja você mesmo com todas as suas falhas e acertos, deixando de se submeter à realidade externa, que te cobra a falsidade como arma de sobrevivência, e passe a vivenciar a realidade interna como base de sua VERDADE PESSOAL, SEU BEM MAIOR!!!

Por Marcello Cotrim

O Perdão Psicológico



SE ALGUÉM LHE BATER NA FACE DIREITA, A DO AMOR AO PRÓXIMO OFERECE-LHE TAMBÉM A OUTRA, A DO AMOR INCONDICIONAL A SI MESMO E SE RESPEITE!

O perdão é o primeiro passo para se alcançar a prosperidade em nossas vidas, porém é preciso saber aplicar esta lei, pois a maioria das pessoas não compreende o significado místico do perdão. Perdoar é como quebrar uma magia que o amarrava a pessoas e situações do passado. Mas é necessário reprogramarmos a nossa mente para compreendermos o verdadeiro conceito de perdão a que Jesus Cristo se refere ou, como eu o denomino, o perdão inteligente ou psicológico. 

Aquela velha concepção de interpretação religiosa que coloca o perdão como um uma atitude de amor sem limites aos seus malfeitores, dando-lhes chances de reconciliação, é uma interpretação superficial e errônea dos ensinamentos de Jesus Cristo e que, quando aplicada desta forma, leva a pessoa a sentir-se culpada em abdicar da justiça a seu favor, ou a coloca numa situação de total submissão, além de significar muitas vezes uma barganha católica pela própria salvação, quando afirma que perdoamos para sermos perdoados ou, ainda pior, reflete a vaidade do indivíduo que realiza o suposto “nobre gesto” de perdoar generosa e catolicamente.


Quando Jesus diz a Pedro que deveria perdoar seus irmãos não apenas 7 vezes, mas 70 vezes 7, na realidade ele falava simbolicamente sobre o número 7, que indica o infinito. Portanto, Jesus orientava um perdão absoluto e definitivo sim, porém dentro do maior de todos os mandamentos: “Amai ao próximo como a si mesmo!”, ou seja, interpretando, ame o próximo, o Deus que há no outro tanto quanto a si mesmo, pois o mesmo Deus habita em você.


Respeite o próximo, tanto quanto deve se respeitar, nem mais, nem menos, na justa medida. É sobre esta mesma justiça cósmica de que Jesus falou quando disse que “se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”. Ao contrário do que se pensa comumente esta frase fala da mesma forma sobre a justiça divina e não estimula qualquer ato de submissão ou de um perdão às cegas. O que ele quer dizer é que, a princípio, precisamos mostrar o nosso amor em todos os atos, sem posturas defensivas, sem medirmos o amor, mas se alguém nos desrespeitar em nosso livre arbítrio, invadindo a nossa individualidade, tentando nos subjugar ou menosprezando nosso valor humano, é preciso também mostrar a outra face, a face do amor próprio, do autorrespeito, ou seja, a espada de que tanto Jesus fala que veio trazer à Terra, a espada que corta qualquer forma de opressão ou vínculo obsessivo, seja com o passado, através do perdão inteligente, seja com o presente, quando você se vê envolvido em tramas cármicas às quais você se submete por medo e culpa.

Portanto, para que possamos mostrar a nossa outra face, a face do poder pessoal, do valor próprio, do amor incondicional a si mesmo, pois somos todos nós partes de Deus e o outro não pode ser idolatrado simplesmente porque te fez acreditar, um dia, que seria o único a te aceitar, é preciso que você deixe de se iludir ou se enganar com suas próprias culpas, e perdoe-se sim 70x7, perdoe-se compreendendo que você era como uma criança do ponto de vista evolutivo quando errou, e isso ocorreu por medos infantis e culpas artificiais, mas chegou o momento de se assumir em sua grandeza, em sua nova idade evolutiva, e de se redescobrir em seus valores apenas ouvindo o seu coração, reflexo de sua alma, e não a sua razão condicionada aos valores deste mundo. 

Da mesma forma o perdão ao outro exige a compreensão de que ele possuía suas limitações, o seu próprio nível evolutivo, imaturo ainda, e que suas responsabilidades existem sim, mas será sua própria consciência que irá provocar suas conseqüências cármicas como forma de aprendizado e que exigir da vida ou mesmo de Deus ou do próprio indivíduo uma forma de retificação a qual você julga correta e no tempo que você quer, apenas o aprisiona ainda mais à àquela pessoa, pois você alimenta com isto um sentimento de que o outro deve a você e precisa ressarci-lo, indenizá-lo pelo mal feito e desta forma você se acorrenta ao outro ao invés de se libertar e se permitir novas oportunidades, dando-lhe nas mãos o poder e o mérito que é seu, ao acreditar que o outro te prejudicou de um modo irreversível, seja material ou emocionalmente e trazendo de volta ao presente a egrégora do passado!


Perdão inteligente é, portanto, o perdão que liberta o outro e a si mesmo! Então, perdoe incondicionalmente, mas não se obrigue a conviver com quem lhe prejudicou, porque muitas vezes as agressões ou ofensas foram apenas a gota d’água de um processo cármico já saturado, esgotado, mas que você por medo não encerrou no tempo certo. Não culpe o outro apenas, mesmo que possua seus erros, pois você permitiu que acontecesse o que aconteceu, pois seu coração lhe dizia em algum momento que já era a hora da verdade, de se encerrar um ciclo antes que você sofresse ainda mais, mas você preferiu viver na mentira, sustentando aparências, contrariando sua alma que lhe pedia transformação!


Ao perdoar e se auto-perdoar você resgata o seu poder pessoal, pois recomeça, enfim, a sua vida isolada da energia de quem o prejudicou, e se abre para que novas pessoas e situações tragam até você o que lhe é de direito, toda a prosperidade que seu coração sente que merece!


Por Marcello Cotrim