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sexta-feira, 17 de julho de 2015

O PROBLEMA DE QUERER AGRADAR A TODOS

“Querer agradar a todos não é uma virtude, longe disso, por trás de tal atitude pode existir um sério conflito”.






Antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que este texto se refere aquelas pessoas que buscam o tempo todo AGRADAR os outros, mesmo que para isso se desagradem. Possuem dificuldade de dizer não, rejeitar algo, fazem de tudo pelos outros.
Preciso dizer também que a princípio não existe nenhum problema em querer agradar a quem amamos coisa tão boa fazer um agrado para um filho, para os pais, para um amigo especial, ver o sorriso deles estampado no rosto, ou ainda receber um agrado, quem é que não gosta? O problema está quando a pessoa vive em função de agradar os outros. Uma coisa é agradar alguém se agradando também, outra coisa é agradar só por agradar.
Esta situação é muito comum e talvez todos nós já tenhamos passado alguma vez.
Existe um tipo de personalidade (homens e mulheres) que criaram para si uma forma específica de serem aceitos em grupo e esta forma é agradando a todos. Normalmente se destacam por serem ótimos amigos, anfitriões, funcionário. Se notarmos aparentemente essas pessoas tem prazer em ajudar, em deixar tudo em harmonia, dificilmente suportam ver discórdia, pessoa brigadas ou ressentidas e querem logo ajudar, e se a discórdia estiver envolvendo esta pessoa sai de baixo, ela não irá sossegar enquanto não conseguir pedir desculpas ou convencer a pessoa que ela não teve culpa. Mas cuidado, não fazem isso por bondade, por caridade, mas por terem a necessidade de serem recompensadas, seja através do reconhecimento, ou de um elogio. Prova disso é que se fazem um bem e alguém não agradece, ficam ressentidas por dentro.
O problema é que por trás dessa necessidade de agradar a todos está uma grande necessidade de ser aceito, de ser acolhido. Este tipo de pessoa aprendeu que quando agrada, tem mais chances de ter como recompensa um sorriso, um carinho extra, um elogio. Volto a dizer que não existe problema em agradar, o problema está em ser escravo deste padrão de comportamento. Vamos a um exemplo. Imagina que você odeia comer jiló e em um almoço de família sua sogra faz um belo prato à base de jiló, pergunta se você gosta e para não desapontá-la você diz que sim que adora jiló, pois bem, você come forçado, finge que está gostando e agradou a sogrona. Agora imagina que essa sogra, sabendo do seu gosto vai sempre preparar algo com jiló para você. Almoços e mais almoços por anos a fio com jiló que você odeia, isso tudo por que não conseguiu se impor, colocar seu gosto e dizer, sogra muito obrigado mas eu não gosto de jiló.
Se fosse apenas um simples almoço estaria ainda tudo bem, mas pessoas com este tipo de repertório comportamental costumam repeti-lo na maioria das situações da sua vida. No trabalho vão aceitar fazer coisas que não gostam para o bem da equipe, no sexo vai abrir mão de algum prazer em função do parceiro, com os amigos vai querer ir a lugares que eles escolherem e nunca irá escolher um lugar, por que no fundo para essa pessoa é mais importante que o chefe o aprove, que o parceiro possa gozar, que os amigos estejam felizes com ele, ou seja, essa pessoa deixa de lado suas própria vontades, desejos, gostos, a longo tempo a vida começa a perder a graça e ela não entende o por que. A vontade de sair com os amigos diminui, a paixão pelo trabalho desaparece e fica apenas a obrigação e o prazer do sexo deixa de existir.
Com o passar do tempo essa pessoa começa a ficar sufocada, pois criou por todos os lados um ambiente estranho, repleto de coisas que ela não gosta mas que acredita que gosta. Se conversar com essa pessoa é capaz dela garantir que gosta de tudo o que tem, uma vez que esse conflito é inconsciente.
Se ela quiser mudar esse panorama em primeiro lugar terá que descobrir quais são seus reais prazeres, vontades, gostos. Depois disso começar a entender que também é importante, que é uma pessoa importante, que tem direitos, que merece sorrir, amar, comprar, viajar. E principalmente que PODE dizer NÃO, não quero, não gosto, agradeço mas não. E se alguém ficar triste com sua negativa? Paciência, problema dessa pessoa que irá precisar aprender a lidar com o não de alguém.
Detalhe importante, se você se viu nesse texto uma dica, comece fazendo uma lista das coisas que você mais gosta de fazer. Normalmente a pessoa descrita no texto tem grande dificuldade, já que seus gostos se perderem no gosto dos outros, foi a tantos shows pelos outros, viu tantos filmes pelos outros, comeu tantos pratos diferentes para agradar os outros que nem se lembra mais do que lhe apetece.
E se você não se enquadra neste tipo de personalidade mas conhece alguém que se enquadre, não seja direto mas aos poucos vá mostrando para esta pessoa o quanto ela é importante, pergunte o que ela gosta, o que ela quer fazer, se for um caso crítico ela irá responder: “O que você quiser fazer eu faço”,”o que você quiser comer eu como”. Mesmo assim estimule essa pessoa, diga, hoje não, hoje vamos fazer algo que você quer!!!
Quem se sente obrigado a sempre agradar está preso em um conflito delicado mas não percebe. Liberte-se!
Que agradar alguém seja uma opção, uma escolha que possamos ou não ter, e não uma obrigação.

Por  Bruno Rodrigues

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Não critique a letra feia, procure a causa

Os sinais de alarme, na escrita, constituem um pedido de ajuda, de socorro...




Quando a criança, o adolescente ou mesmo alguns adultos imaturos mudam repentinamente sua grafia, ao invés de criticarmos devemos procurar as causas.
1. Quando uma criança quer pedir ajuda e não consegue se expressar, o faz através da sua grafia.
2. A intensidade é muito importante.
3. Verificar se é algum problema passageiro ou se já é da própria criança.
4. Dar atenção aos distúrbios do adolescente, às crises de puberdade.

Alguns Traços que demonstram os sinais de alarme:

1- Desagregação no espaço
O espaço entre as palavras, do ponto de vista grafológico, significa a parada para a respiração. Quando ele se desagrega, isto é, predomina a desordem e os espaços entre o branco do papel e a tinta da caneta são desestruturados. pode denotar um sinal de ansiedade, desequilíbrio, pode ainda indicar uma respiração falha ou dificuldade de se relacionar. Quando aparecem grandes espaços, em branco, no texto, que se repetem mais ou menos no mesmo lugar, em mais de três linhas subsequentes, formando uma espécie de margem dentro do quadro gráfico, revelam angústia vital, insegurança, sofrimento ou torturas íntimas. Pode ser um sintoma de culpa, uma pena que a pessoa precisa pagar.

2- Palavras soltas no meio do texto:
São as chamadas "Ilhas do Ego" , é um sintoma a ser investigado.

3- Mistura de linhas:
Umas linhas invadem as outras, existindo uma grande confusão no espaço gráfico. Temos dentro de nós uma noção de espaço físico e psicológico. Por exemplo, num elevador nos encolhemos porque o psicológico nos faz encolher. Só deixamos nos invadir quando damos autorização. Muitos não têm noção de espaço psicológico. Sempre que aparecer este sinal, o grafólogo ou o professor devem encaminhar para um profissional competente.

4- Hiper-estruturação do Espaço:
A escrita é toda correta, tudo certíssimo e muito rígido. Não flui naturalmente. Escolas onde a ordem é colocada de forma extremamente rigorosa como prioridade máxima, podem causar estes problemas. Sempre se origina da vontade forçada, sem capacidade de escolha. A criança só faz para agradar, e torna o fato de querer ser bonzinho como uma responsabilidade.

5- Torções:
Indicam sinais de sofrimento que precisam ser investigados.

6- Finais truncados:
Os finais das letras acabam de forma anormal e abrupta. A letra truncada é um sinal de inibição, que deve ser investigado.

7- Traço sobreposto e retoques:
O traço vai e volta sobre ele mesmo. É um sinal de timidez e insegurança. Existe uma diferença entre retoque e correção. No retoque, a pessoa volta para dar legibilidade. Pode ser um ato fálico ou um sinal de perfeccionismo. Representa também um autocontrole nervoso e é episódico, aparece em certos momentos da vida. A correção é a conseqüência do conserto de um erro.

8- Aperto:
É uma restrição do movimento gráfico. A pessoa reprime os seus impulsos. É uma inibição condicionada. Quando se comprime é porque não quer contato pois tem medo das pessoas e do mundo.

9- Relaxamento do movimento:
A escrita é frouxa, não tem tensão e é relaxada. Quem escreve assim, não se adapta ao mundo, tem falta de vontade, de tônus. É um dos sinais de depressão. Pode ser também cansaço.

10- Enrijecimento do movimento:
Também é uma inibição, a escrita não flui, fica estreitada.

11- Mudanças no movimento na inclinação e direção:
Quando qualquer um destes aspectos se desequilibra, também é um forte sinal para ser averiguado. Pode chegar a se tratar de um disturbo patológico.

12- Escrita pastosa ou suja:
É uma escrita congestionada, borrada ou suja. Precisa buscar a causa pois pode até ser um dos sinais de drogas.

13- Traço Quebrado:
Parece que foi soldado quando a pessoa tenta emendar. Indica falta de segurança, irritabilidade, nervosismo ou dislexia. Os problemas de "fala" tem muita fragmentação na escrita.

Ana Cecília Amado Sette - Especialista em Grafologia,